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Vamos admitir: é fácil ceder ao desespero e ao ceticismo diante da infinidade de desafios do nosso mundo atual.
Mas Subhra Bhattacharjee enxerga o ceticismo e o desespero como luxos aos quais a humanidade não pode se dar agora.
Como firme defensora da capacidade de iniciativa humana e do poder da solidariedade, ela optou por enfrentá-los sem rodeios, com o compromisso de amplificar as vozes dos grupos mais marginalizados e criar espaços para que assumam a liderança.
Motivada pela compreensão de que os desafios mais urgentes do mundo – mudança climática, desmatamento e desigualdades sociais – estão inextricavelmente interconectados, Bhattacharjee tem dedicado sua carreira a promover políticas e soluções que abordem essas crises globais por meio da mobilização de uma ampla coalizão de atores.
Com as florestas como uma linha crítica de defesa contra a crise climática, Bhattacharjee, agora diretora geral do Conselho de Manejo Florestal (FSC), está indo com tudo pela defesa das florestas e daqueles que delas dependem.
“As florestas não são apenas ecossistemas; são a casa, os meios de subsistência e a salvação para milhões de pessoas. Também são uma das nossas soluções naturais mais poderosas para a mudança climática e a perda de biodiversidade. O FSC não é apenas mais uma organização; constitui uma plataforma para o diálogo entre grupos de interesse econômico, ambiental e social em torno das florestas.”
Para Bhattacharjee, um futuro equitativo depende da proteção das florestas de tal forma que permita a prosperidade dos povos e comunidades que delas dependem. Trata-se de um futuro em que as florestas do mundo são reconhecidas como um bem público global, em que todos os países assumem a responsabilidade de proteger a saúde, a resiliência e a integridade das florestas.
A abordagem de Bhattacharjee está arraigada na crença de que a colaboração e o diálogo são essenciais para uma transformação efetiva e duradoura. Ela passou anos forjando parcerias entre governos, organizações não governamentais, empresas e comunidades no intuito de encontrar soluções práticas e marcantes.
O segredo dela? Aprender com a incrível diversidade das pessoas que conheceu e reuni-las para resolver problemas.
“Diferenças entre grupos, povos e nações precisarão ser resolvidas por meio de um diálogo de boa-fé que reconheça diferenças de opiniões, interesses e valores, e ainda procure construir pontes: um diálogo pautado pelo valor da orquestração da Terra e sua infinidade de habitantes.”